15 de agosto de 2011

Canal RH: Muitas vagas e poucos candidatos qualificados

Já escrevi anteriormente sobre a falta mão de obra qualificada para acompanhar o crescimento das empresas que estão se instalando no Brasil, ou as que estão crescendo junto com o pré-sal. Mas, fui aconselhada por Tiago Crespo, gerente de pessoal da Oceaneering no Brasil a detalhar mais o tema. Ele comentou:


___“A previsão da empresa é de crescimento, mas não temos mão de obra qualifi cada disponível no mercado. Nós investimos muito em um centro de treinamento onde capacitamos e qualificamos os profissionais para suprir nossa necessidade. No entanto, existe uma alta demanda para todos os cargos do segmento de óleo e gás. Acredito que as áreas técnicas e tecnológicas são as que sofrem mais atualmente com a falta de qualificação. Hoje um técnico ou um tecnólogo nas áreas de eletrônica, eletrotécnica, mecânica, instrumentação e automação, tem grandes chances de encontrar boas colocações nessa indústria. O melhor a ser feito é realizar um desses cursos em uma instituição de qualidade, na qual o estudante terá uma boa formação e com isso chegará bem ao mercado de trabalho."

Muitos jovens estão em busca de uma dessas vagas abertas no mercado de óleo e gás, principalmente em ROV, sigla em inglês para Remotely Operated Underwater Vehicle, que é um veículo subaquático operado remotamente. Ele permite a observação do fundo do mar e também das estruturas submarinas. A comunicação ou a ligação entre o veículo e a superfície é assegurada por um cabo umbilical que permite a
comunicação bidirecional.O ROV tem contribuído muito na realização de operações seguras em profundidade, pois ele pode fi car mais tempo submerso do que um mergulhador, além de poder ser utilizado em águas contaminadas.

O que fazer para atuar nesse segmento? Além dos cursos mencionados por Tiago Crespo, Gilmar Lopes, gerente operacional de ROV da Marine Production Systems do Brasil menciona os requisitos necessários para um profi ssional conseguir uma das inúmeras vagas disponíveis no mercado offshore:

___“Além do conhecido importante requisito de fluência no idioma inglês, observo demanda em todas as áreas, inclusive quanto a suporte onshore de profi ssionais de segurança industrial, soldas, inspeção e
NDT (Non Destructive Test/Teste não Destrutivo), mecânica, eletrônica e rádio operador. Alguns cursos como o CBSP, curso sobre combate a incêndio sobrevivência e abandono de embarcação, e o Huet, sobre escape de aeronave submersa, são mandatórios.”

Sérgio Lopes, gerente da gerente da Deepocean, empresa membro do grupo Tricomarine, que também atua na área de ROV e sofre com essa escassez de mão de obra especializada, comenta o caso por sob outra ótica:

___“Além de muitos quererem trabalhar embarcados e não serem qualifi cados para isso, tem outro aspecto a ser observado, que é o de que muitos jovens aprendem muito bem na teoria, mas não conseguem adaptar-se ao estilo de trabalho, pois para eles o lado emocional tem um peso grande.”

Comprometida com a formação e desenvolvimento de sua mão de obra, a Oceaneering construiu em Macaé um moderno centro de treinamento para capacitar e desenvolver a equipe. Além de periodicamente promover cursos de atualização para seus profi ssionais, comprometidos com a qualidade de
vida no ambiente de trabalho montaram um programa para desenvolvimento de líderes de equipe, no qual os participantes aprendem, na prática, a gerir de modo eficaz uma equipe.

____"As dinâmicas utilizadas no treinamento de liderança são muitíssimo interessantes, pois além de tornar o treinamento interativo, trabalham o lado emocional do funcionário. Algo que me chamou muito a atenção foi o fato de que em algumas dinâmicas conseguiu-se simular um alto grau de dificuldade, fazendo com que os participantes mostrassem como de fato se portam quando estão sob pressão. Isso não é muito comum em treinamentos. Pois em sua maioria são muito teóricos, não elevando o nível de stress dos participantes.",avaliou Tiago Crespo, gerente responsável pelo projeto.


Sérgio Lopes, que tambémSérgio Lopes, que também esta desenvolvendo um programa de treinamentos para qualificar seus supervisores em gestão de equipe, explica o porquê dessa decisão:

___“Além da falta de mão de obra qualificada, quando a equipe aumenta precisamos de supervisores Sinto, e então temos outro problema, pois muitos profissionais são excelentes técnicos, mas não tem habilidades necessárias para liderar uma equipe e precisam desenvolvê-la. Observo que falta conhecimento básico de gestão de pessoas. Por isso quero ainda esse ano capacitar minha equipe.”

As empresas comprometidas com a qualidade profissional dos seus funcionários estão investindo em cursos e treinamentos para o seu quadro. No entanto, o profissional que quer entrar para esta área e ter sucesso, ascensão profi ssional, precisa estar atualizado. Fazer cursos de formação e especialização são excelentes maneiras de chegar bem preparado ao mercado de trabalho e de manter-se na empresa. Mas antes de ingressar nessa área de trabalho embarcado, pesquise um pouco mais sobre todo o funcionamento desse modo de trabalho e sobre os requisitos necessários para isso. Aspectos essenciais para o sucesso são saber trabalhar em equipe, proatividade, comprometimento com a segurança, com as normas da empresa e muito controle emocional. O profissional bem preparado não fica desempregado

3 de agosto de 2011

Feedback como ferramenta de desenvolvimento


Por Marcinéia de Oliveira – Consultora de RH da Inner Smart - www.innersmart.com.br
 
Feedback é uma palavra de língua inglesa, cujo significado é: retorno, resposta, crítica. No mundo corporativo, esta palavra é usada para descrever o processo no qual através de uma conversa (formal ou não) entre um líder e seu liderado é possível fazer uma avaliação do desempenho da equipe dentro dos objetivos traçados previamente.

O líder que deseja desenvolver talentos, melhorar a qualidade do serviço, atender bem o cliente e as solicitações da empresa, usa o feedback como uma ferramenta para moldar comportamentos e incentivar o aprendizado de sua equipe. Dessa forma é possível aprimorar constantemente o desempenho de cada profissional corrigindo as deficiências encontradas.

A maior contribuição desse processo é alinhar competências, desenvolver o profissional avaliando seus erros e acertos e não a pessoa. É uma análise para promover o desenvolvimento profissional. Esse processo deve ser feito em tempo real, ser baseado em fatos reais e não em opiniões, impressões ou suposições de outros; e o avaliador deve ser bem claro e específico, pois o profissional avaliado não pode sair sem entender o objetivo do líder.

É indispensável, para que o feedback tenha um bom resultado, ter um objetivo, focar nos resultados desejados pela empresa, e no que sua equipe precisa apresentar para alcançar isso. Não parta do princípio que você está certo e eles errados. Mesmo após ter verificado as informações e coletado dados, você pode não ter todas as informações. O funcionário precisa contar a sua versão da história. Faça perguntas para entender e escute as respostas com atenção. Perguntas bem elaboradas ajudam a mostrar que seu objetivo é o de ajudar a pessoa a se desenvolver.
Lembre que Feedback é um processo contínuo. Não se pode fazer uma sessão e dar o assunto por encerrado. E pedir a opinião de seus liderados sobre sua maneira de dar feedback o ajudará a progredir como líder. É bom saber se o que os membros de sua equipe acham da maneira como você conduz o processo, se tem algumas sugestões de melhora.

Muitas vezes o líder precisa ter outro ponto de vista, às vezes por ter informações conflitantes, ou para ser o mais justo possível. Peça ajuda a uma terceira pessoa que seja neutra.

Assuma a responsabilidade de formar novos líderes e não apenas seguidores “leais”."Uma instituição é como uma canção; não é formada por sons individuais, mas pelas relações entre eles”, segundo Peter Drucker.
Tenha em mente que só vão alcançar o verdadeiro sucesso na liderança os líderes que formarem outros líderes. No passado, o líder poderia até ser considerado eficaz por construir paredes para dividir a sua equipe, mas hoje, ao contrário, ele só será considerado eficaz se construir pontes, expandir possibilidades, abrir novas portas para todos de sua equipe, e o feedback é a maneira mais eficaz e justa de se alcançar esse sucesso.

Autora:Marcinéia Oliveira – Consultora de Recursos Humanos, professora universitária, instrutora e palestrante. Colunista do Jornal Corporativo no Rio de Janeiro. Certificada para aplicação do instrumento MBTI (Myers Briggs type indicator) no Brasil. Pós-graduada em docência do Ensino Superior pela Universidade Cândido Mendes. Especializada em Administração e Gestão de Recursos Humanos, coaching de equipes e de líderes. Profissional com mais de 10 anos de experiência no desenvolvimento humano, atuando em projetos sociais, culturais. É autora de artigos para Jornal Corporativo e participou de várias matérias para jornal O Dia, Portal do IG, Fórum de alunos da Inner Smart. É consultora para desenvolvimento de líderes de equipe para a empresa Oceaneering, Caterpilar, Officilab dentro outras empresas. Já ministrou cursos para profissionais de diversas empresas, tais Petrobras, BR Distribuidora, Oi, Acal, Intelig, Rede Accor de hotel, Miriam Veículos S/A, Dataprev, Cruzada do Menor, Fugro Oceansatpeg S.A., Banco do Brasil, Brasil Seguros, Bradesco Seguros, Petroserv, Dataprev etc.Contato para cursos, palestras e consultoria (21) 3472-5315 ou pelo site www.innersmart.com.br