___“ As empresas não valorizam os profissionais pela experiência e pela formação, mas pela idade. "
Não parece justo que um profissional experiente e com saúde suficiente fique fora do mercado de trabalho. Além de ter uma excelente formação tem experiência adquirida em diversas empresas.
Ao ler matéria sobre o livro Workforce Crisis (crise na força de trabalho) escrito pelos autores Ken Dychtwald, Tamara Erickson e Robert Morisson (editado pela Harvard Business School Press) que além de abordar a questão da crise na força de trabalho, mostra que os profissionais maduros, os com de 55 anos ou mais de idade precisam ser valorizados, pois fazem parte da força de trabalho disponível.
Os autores citam as observações de Peter Drucker ”Os desafios se apresentam aos gestores com base em tendências demográficas que modificam a força de trabalho (...). Nos países desenvolvidos, o grupo da população de maior faixa etária cresce rapidamente, enquanto o segmento da população mais jovem diminui na mesma velocidade.”
Argumentam que a aposentadoria aos 65 anos de idade surgiu no século 20, devido a necessidade econômica que ocorreu durante a grande depressão. No entanto essa idade não se ajusta mais as necessidades do século 21. Analisaram que muitos gerentes apressadamente e de modo errôneo estão descartando esses profissionais ao invés de valorizá-los. Essa atitude acontece em muitas empresas não só nos EUA, mas em muitos países e no Brasil é uma prática bem comum.
E de acordo com as pesquisas realizadas pelos autores no futuro próximo não haverá jovens suficientes no mercado de trabalho para substituir o talento e as habilidades dos profissionais que se aposentam. O envelhecimento da população afetará diretamente a força de trabalho.
Essa situação está fazendo com que as organizações repensem suas praticas de gestão de pessoas, e comecem a aproveitar melhor a mão de obra dos profissionais mais idadde. Porque segundo eles, as empresas sabem se desvinncular desses profissionais, mas não conseguem aproveitar o conhecimento, experiência e habilidades deles e retê-los ou contrá-lo.
No entanto de acordo com os autores essa situação tende a mudar. A falta de mão de obra qualificada será critica e as empresas precisaram dos profissionais maduros que estão disponiveis. Nos EUA os baby boomers (como são chamados as pessoas integrantes da geração nascida após a segunda guerra mundial) representam um terço da população e muitos já começaram a deixar o mercado de trabalho. O resultado não tem sido positivo para as empresas, que além de perderem profissionais talentosos não estavam preparadas para substituí-los.
Peter Drucker observou de que nos próximos 25 anos as pessoas deverão continuar trabalhando após os 70 anos. E com essa explosão de longevidade devemos nos questionar: quando realmente um profissional deixa de ser produtivo a uma empresa.
Enquanto o marketing volta suas forças para os consumidores de mais idade. Os gerentes de muitas empresas estimulam os profissionais maduros a deixarem o mercado de trabalho.
A solução: mudar a mentalidade gerencial
Os autores frisam que a idade não constitui uma barreira para o bom cumprimento das responsabilidades. Para comprovar citam o caso de BOB LUZ que aos 69 anos foi designado vice-presidente de desenvolvimento da General Motors Corporation. Os motivos apontados para a escolha de BOB LUZ foram: Sua força criativa, energia e reputação. De acordo com os autores ele é um dos profissionais “sem idade”.
Os autores mencionam que infelizmente existe em muitas empresas suposições equivocadas sobre a capacidade e a produtividade dos profissionais maduros. Eles argumentam fortemente que os profissionais com mais de 55 anos de idade, podem compensar em muito suas possíveis desvantagens físicas. Além da aptidão, amplo conhecimento e experiência esses profissionais possuem capacidade de se concentrar nas decisões e nas ações mais importantes e essenciais.
Afirmam categoricamente que a idade de forma alguma leva a menor produtividade. E que os profissionais mais maduros trabalham com maior inteligência e determinação, além de terem boa formação acadêmica, controle emocional devido à maturidade, experiência e a lealdade. Os autores citam três coisas que os dirigentes das empresas devem levar em conta que esses profissionais:
1. Querem e desejam colaborar de forma significativa;
2. Assim com os outros profissionais buscam aumentar suas capacidades e talentos, coisa que algumas empresas desconsideram;
3. Buscam flexibilidade – ao dar liberdade eles se tornam ainda mais produtivos
Incentivam as empresas a valorizarem a mão de obra desses profissionais, por rever e mudar suas práticas de gestão de pessoas. Espero sinceramente que no Brasil esse preconceito em relação contratação de profissionais maduros seja aniquilado de uma vez por toda.
Vale o alerta dado pelos os autores de que:
É PRECISO erradicar de uma vez por toda dos programas de gestão de RH das empresas os preconceitos relativos à idade dos profissionais.
Bibliografia:
Livro: Workforce Crisis
Artigo - Book summary 7 – Hsm management
Ken Dychtwald, Tamara Erickson e Robert Morison (editado pla Harvard Business School Press
* O nome foi mudado