Conheço profissionais que tem um potencial tão grande, mas não libertam essa energia. Um dos motivos para esse aprisionamento são alguns "chefes" que não permitem que seus liderados brilhem mais do que eles, bloqueiam suas ideias criativas.
Em um treinamento solicitei ideias reais para soluções de um problema, para minha surpresa todos sem exceção tiveram ideias maravilhosas, cada participante poderia comentar sua opinião sobre o assunto, apresentar sugestões e mais ainda criticar o líder do projeto.
Nosso objetivo era refletir sobre como nós recebemos as opiniões contrárias as nossas, bem esse treinamento tinha algo em comum o "chefe", quis participar também, mas durante esse exercício, quando ele teve seu projeto avaliado pelos seus liderados, ele que teve a oportunidade de apontar as falhas em cada uma das soluções apresentadas, relutava de maneira firme, beirando a grosseria que seu projeto não precisava de alterações.
O que eles não sabiam é que o exercício era real, um problema sugerido pelo diretor da empresa, ao término do primeiro dia de treinamento, enviei para o gestor da empresa todas as alternativas sugeridas, mas sem o nome do profissional que sugeriu, todas as sugestões foram bem recebidas, menos "chefe" da equipe.
Ao longo dos três dias de treinamento em várias cenas, notei que o problema da falta de motivação e entusiasmo, não era da equipe e sim do “chefe”, isso ficou ainda mais evidente quando ele fez esforços colossais para boicotar o andamento dos exercícios para que as sugestões aceitas fossem as dele.
No último dia, voltamos a analisar a situação, me surpreendi à equipe além de mais unida estava muito entusiasmada, o motivo? Um participante disse: "pela primeira vez em 10 anos a empresa nos ouviu, sempre mandávamos sugestões, mas nem saiam do papel", disse um profissional.
Como era enceramento os diretores pediram para participar, e um deles ao ouvirem essa frase questionou sobre as sugestões, mencionou que uma das reclamações com esta equipe era que eles não se manifestavam suas opiniões, por várias vezes ele pediu ao “chefe” que pesquisasse com a equipe, o que ele poderiam sugerir e ele sempre mencionava que ninguém quis sugerir nada.
Neste momento houve um silêncio na sala, o “chefe” ficou todo desconsertado, se houvesse uma maneira de ele se tele transportar ele faria isso sem hesitar, mas como não foi possível, tentou se explicar "Não eram boas sugestões, ideias vagas, o senhor tem tanta coisa para fazer que eu não fosse te incomodar com bobagens".Em seguida, para surpresa de todos, um dos participantes tirou de sua pasta uma cópia de seu e-mail com a sugestão que segundo o "chefe" era bobagem, distribuiu um cópia a todos na sala.Naquele momento de silêncio, todos olhavam para mim com espanto, parecia uma cena de novela mexicana, eu nunca presenciei nada assim.
O diretor pegou a folha com espanto, leu com atenção e com expressão de surpresa, mas o texto parecia tão familiar para ele, que não se hesitou e me perguntou: "Marcinéia, não foi essa a sugestão que escolhemos?” Sim era exatamente a sugestão escolhida por nós, pelos dirigentes e pela turma toda, mas para o “chefe” era uma bobagem.Esse exercício real trouxe problemas enterrados na equipe e silenciados por medo, mas deixou claro que a equipe estava unida e queria muito participar em apoiar a empresa para superar os momentos de crise.A equipe saiu do marasmo, recobrou o verdadeiro espírito de equipe, mas do que isso viu a diferença entre um "chefe" e um verdadeiro líder.
Não pense que isso acontece só nesta empresa, ao contrário muitas equipes sofrem e são prejudicados por chefe "chefes" que boicotam suas ideias bloqueando a criatividade da equipe. Nem todos são expostos como o caso que mencionei a vocês. Mas, se este for o seu caso, não permita que sua criatividade e seu entusiasmo profissional sejam tolhidos.
Enquanto escrevia este post, recebi do meu Amigo Robson Cucco, o texto abaixo, embora pareça uma situação um pouco estranha, ajuda-nos a refletir sobre o assunto. Senão gostarem briguem com o Robson.
Um camponês criou um filhotinho de águia junto com suas galinhas. Tratando-a da mesma maneira que tratava as galinhas, de modo que ela pensasse que também era uma galinha. Dando a mesma comida jogada no chão, a mesma água num bebedouro rente ao solo, e fazendo-a ciscar para complementar a alimentação, como se fosse uma galinha. E a águia passou a e portar como se galinha fosse. Certo dia passou por sua casa um naturalista, que vendo a águia ciscando no chão, foi falar com o camponês:
- Isto não é uma galinha, é uma águia!
O camponês retrucou: - Agora ela não é mais uma águia, agora ela é uma galinha!
O naturalista disse: - Não, uma águia é sempre uma águia, vamos ver uma coisa.
Levou-a para cima da casa do camponês e elevou-a nos braços e disse:
__Voa, você é uma águia, assuma sua natureza!
__ Mas a águia não voou, e o camponês disse:
__ Eu não falei que ela agora era uma galinha!
O naturalista disse: - Amanhã, veremos... No dia seguinte, logo de manhã, eles subiram até o alto de uma montanha.
O naturalista levantou a águia e disse:
- Águia veja este horizonte, veja o sol lá em cima, e os campos verdes lá em baixo, veja, todas estas nuvens podem ser suas.
Desperte para sua natureza, e voe como águia que és...
A águia começou a ver tudo aquilo, e foi ficando maravilhada com a beleza das coisas que nunca tinha visto, ficou um pouco confusa no inicio, sem entender o porquê tinha ficado tanto tempo alienada. Então ela sentiu seu sangue de águia correr nas veias, perfilou de vagar, suas asas e partiu num vôo lindo, até que desapareceu no horizonte azul.
Criam as pessoas como se galinhas fossem, porém, elas são águias. Por isso, todos podemos voar, se quisermos. Voe cada vez mais alto, não se contente com os grãos que lhe jogam para ciscar.
Nós somos águias, não temos que agir como galinhas, como querem que a gente seja. Pois com uma mentalidade de galinha fica mais fácil controlar as pessoas, elas abaixam a cabeça para tudo, com medo. Conduza sua vida de cabeça erguida, respeitando os outros, sim, mas com medo, nunca!