Em cursos empresariais, nós
palestrantes, ao falarmos, frequentemente fazemos analogias com animais e
o trabalho em equipe. E, recentemente, fiquei encantada com uma leitura
sobre o pelicano australiano, grande ave aquática encontrada na
Austrália, Tasmânia, Nova Guiné e algumas ilhas da Indonésia. E o que
mais me chamou a atenção é que eles são chamados de mestres do trabalho
em equipe! Essas aves atuam em equipe para conseguir alimentos, e
saem-se bem. Os truques são inusitados. Elas formam um semicírculo em
volta de um cardume, mergulham a cabeça e batem as asas simultaneamente
para apanharem os peixes.
Não é um sistema perfeito, elas erram e
acertam, mas o que importa aqui é que trabalham sempre juntas. Nós,
seres humanos, somos bem diferentes dos pelicanos australianos, mas
podemos aprender uma excelente lição com essas aves aparentemente um
pouco desengonçadas: o valor de se trabalhar em equipe.
Quando atuamos sozinhos em uma atividade
que poderíamos fazer em equipe, os resultados podem não ser os mesmos,
sem contar que nos desgastamos muito mais para atingir um bom resultado.
Patrick Lencioni, em seu livro Os 5 desafios das equipes, afirma que “o
trabalho em equipe continua sendo a vantagem competitiva definitiva –
precisamente por “ser tão poderoso é, ao mesmo, tempo tão raro.”
Todas as equipes passam por momentos de
questionamentos sobre o que realmente precisam fazer para serem bem
sucedidas em uma empreitada. Algumas equipes para as quais presto
consultoria têm uma grande variedade de pessoas, muitas nacionalidades e
culturas bem distintas – o que torna o processo de interação um pouco
mais difícil. Por isso aprecio demais quando eles confiam uns nos outros.
E, apesar dessa distinção, a confiança (quando acontece) é de maneira
rápida, notada logo nas primeiras conversas do seminário, quando alguns,
de início comentam seus pontos fracos sem hesitação. Mas em muitas
equipes isso não existe. Os profissionais temem represálias se
mencionarem seus pontos fracos ou dificuldades.
Muitos chefes agem equivocadamente,
expondo os pontos fracos de sua equipe, que fica acuada e inibida, se
autoprotegendo. Dessa forma, não há trabalho em equipe. Por isso ao ler
sobre os pelicanos australianos, pensei nessa questão do conjunto. Não
perder um tempo valioso para autoproteção, ajuda muito no
desenvolvimento de equipes de alta performance, e o chefe precisa estar
atento a isso.
A confiança dos funcionários precisa ser
conquistada. O líder que deseja contar com sua equipe precisa ser o
primeiro a expor seus medos e dúvidas, oferecer ajuda e jamais expor os
pontos fracos de um funcionário a outros, pois além de antiético,
desmotiva a confiança.
São pequenos gestos, atitudes simples
que fazem toda a diferença. Se sua equipe tem confiança em você, pedirá
ajuda e aceitará conselhos, aprendendo a trabalhar em grupo, unindo
forças, e semelhante ao pelicano australiano, serão
mestres do trabalho em equipe. O que só faz aumentar o desempenho de
todos, consequentemente gerando melhores resultados, não só para esse
setor da empresa, mas para a companhia.
Para cultivar a confiança da equipe:
• Cumpra promessas;
• Não tenha medo de pedir ajuda à equipe;
• Saiba pedir desculpas;
• Tire proveito da experiência das pessoas de sua equipe e seja humilde para aprender com elas;
• Assuma seus erros
• Não tenha medo de pedir ajuda à equipe;
• Saiba pedir desculpas;
• Tire proveito da experiência das pessoas de sua equipe e seja humilde para aprender com elas;
• Assuma seus erros
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